A segunda-feira (18) começou com um reforço significativo nos cofres da Prefeitura de Parauapebas. O município recebeu um repasse no valor de R$ 54.614.200,41 (cinquenta e quatro milhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos reais e quarenta e um centavos), oriundo da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) — também conhecida como royalties da mineração.
O valor, creditado diretamente na conta da administração municipal, é resultado da intensa atividade mineradora que ocorre na região de Carajás, onde está localizada a maior mina de ferro a céu aberto do mundo. Parauapebas é um dos principais beneficiários dessa compensação, que se tornou uma das maiores fontes de receita do município.
De acordo com a legislação federal, os recursos provenientes da CFEM devem ser aplicados em áreas estratégicas como saúde, educação, infraestrutura e ações de desenvolvimento sustentável. A finalidade é garantir que a riqueza extraída do subsolo se traduza em melhorias concretas para a população local.
Contudo, o destino efetivo desses milhões tem gerado questionamentos por parte de moradores, lideranças comunitárias e observadores da gestão pública. A principal preocupação é se a quantia recebida será, de fato, convertida em investimentos diretos na melhoria da qualidade de vida da população, ou se poderá ser comprometida por contratos milionários, com pouca transparência ou impacto limitado no cotidiano do cidadão comum.





