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MP investiga gulosa L de Leão, queridinha do governo de Aurélio Goiano

Processo aberto na 4ª Promotoria de Justiça com finalidade de apurar denúncias contra assessoria contábil forasteira tem mais de 1.200folhas. Vereadora Maquivalda apontou chuva de irregularidades.

A contratação da empresa L de Leão Consultoria, Gestão Contábil e Comercial Ltda — que até pouco tempo só assessorava a contabilidade de prefeituras com receitas minúsculas — é alvo de investigação do Ministério Público.

Denunciado pela vereadora Maquivalda Barros (PDT) por falta de transparência, o processo de inexigibilidade que garantiu à L de Leão faturar contrato de R$ 4,68 milhões de porteira fechada está sofrendo devassa do MP, que busca compreender como a empresa foi contratada em 12 fevereiro, recebeu o primeiro pagamento em 23 de maio, mas o processo de inexigibilidade foi publicado apenas em 12 de junho, inviabilizando a participação de qualquer concorrente mais bem qualificado, num claro direcionamento amparado por apagão na transparência. E tudo só veio à tona porque Maquivalda provocou.

Desde que foi contratada este ano, a L de Leão, que tem sede em Belém, levou embora de Parauapebas R$ 1,17 milhão na maior moleza e sem qualquer parâmetro técnico, uma vez que de forma curiosamente absurda ela cobra R$ 9 mil mensais para organizar as contas de secretarias de portes distintos. Nesse teatro, outros R$ 390 mil já foram liquidados e podem ser pagos pela Secretaria Municipal de Fazendo (Sefaz) à L de Leão a qualquer momento.

Enquanto isso, a equipe técnica do MP se debruça sobre 1.201 páginas de investigação da L de Leão. A última movimentação do processo ocorreu há 15 dias, quando o promotor Alan Pierre Chaves Rocha pediu e aguarda informações adicionais à Prefeitura de Parauapebas.