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SÉRIE ‘AS MENTIRAS DO PREFAKE’: Confira as mentiras de Aurélio Goiano sobre a ‘Lei das Mamadeiras’ e a folha de pagamento

Prefeito inchou folha com apaniguados, mas órgãos de fiscalização e controle foram para cima dele

Em entrevista à Rádio Arara Azul na última sexta-feira (22), o prefeito Aurélio Goiano despejou uma tonelada de mentiras sobre a majoração de cargos comissionados e a folha de pagamento do Poder Executivo municipal, a qual ele, e tão somente ele, inchou.

Aurélio teve o cinismo de dizer que a criticada majoração — primeira medida que ele tomou ao sentar-se na cadeira de prefeito — foi para “corrigir” irregularidades do governo passado.

Não bastasse isso, ainda mentiu dizendo que Marabá tem mais de 15 mil servidores, como se o prefeito Toni Cunha, que tem mais de 70% de aprovação popular, fosse irresponsável como Aurélio, que, aliás, nem colocando puxa-saco adoidado para o aplaudir conseguiu aumentar a popularidade. Pelo contrário, sua aprovação popular despencou para a casa de 30%. Nem Darci em seus piores dias viu números tão catastróficos de simpatia.

Confira as abobrinhas que Aurélio Goiano despejou nas ondas sonoras do programa Alerta 96, o mais ouvido nas manhãs de Parauapebas.

Mentira nº 7 — Majoração de assessorias

“Não dou conta de mentira, cara. (…) Eu comecei o governo enxugando a máquina. O montante de secretarias que havia, nós baixamos de 20 e tantos para 17. (…) A gente legalizou as assessorias. Tinha mais de 300 pessoas acima da quantidade de assessorias prevista em lei.”

Aurélio Goiano mente só em dizer que não dá conta de mentira, imagine para justificar a contratação de legiões de puxa-saco, primeira medida que tomou ao se apossar da prefeitura e fazer dela extensão de sua casa. Por ser mal assessorado, recebeu informações de que havia quantidade de assessores acima do previsto em lei. Isso nunca existiu. O que há, em verdade, são centenas de cargos comissionados com nomenclatura diversa da de “assessor especial”, a exemplo de coordenador pedagógico e cargos de direção, coordenação técnica e chefias, situação que ele usou para mascarar a majoração de 595 assessorias especiais, além de 15 assessorias jurídicas para enfiar nas secretarias “advogados” que entendem de lei tanto quanto o prefeito. A criação dessas centenas de cargos se deu em votação vexatória na Câmara em janeiro. A norma municipal criada se popularizou como “Lei das Mamadeiras”. Este mês, Aurélio Goiano passou vergonha, tendo de botar na rua — por imposição dos órgãos de fiscalização — todo mundo que ele assentou na prefeitura de forma irregular. Isso é enxugar a máquina?

Mentira nº 8 — Despesa com servidores

“Vou comparar Parauapebas com Marabá. Marabá tem mais de 15 mil funcionários. A folha de pagamento de Marabá é R$ 69 milhões. Parauapebas tem mais ou menos 11 mil servidores, mas a nossa folha é de R$ 106 milhões”.

Não bastasse as mentiras contadas em e sobre Parauapebas, Aurélio agora mente sobre município alheio. Mas a verdade é a seguinte: o Poder Executivo de Marabá possui 10.834 servidores ativos, além de 1.419 aposentados e pensionistas. Há ainda 182 estagiários e 142 trabalhadores terceirizados. O pessoal concursado representa 75% da força de trabalho ativa da administração marabaense, um dos melhores e mais decentes percentuais do país. A folha bruta de lá, incluindo os inativos, é de R$ 62 milhões por mês. O prefeito Toni Cunha é um gestor equilibrado, que sabe trabalhar com os recursos que possui e atender as demandas mais básicas da população. Por aqui, com Aurélio e sua trupe, a folha chegou a 11.500 servidores em julho, incluindo o Saaep, mas o valor de R$ 106,9 milhões da folha só foi alcançado porque o prefeito não para de contratar e demitir pessoal de forma bizarra, gerando débitos trabalhistas e impactando a gestão. Vale ressaltar que, com a mesma demanda social de Parauapebas, Marabá tem apenas 441 servidores comissionados, diferente de Parauapebas que tinha 1.444 em julho (mais que o triplo), após Aurélio Goiano criar a “Lei das Mamadeiras” para enfiar puxa-saco na prefeitura. Por sorte, o Poder Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de Contas dos Municípios forçaram o ignorante gestor a acabar com a patifaria.