Até alguns puxa-saco do grupo fracassado do prefeito acabaram no meio dos exonerados na semana passada, recebendo duro golpe do gestor, que mente, culpando o MP pelos desligamentos, quando ele, o prefeito, poderia ter ao menos protelado a decisão. Se Aurélio trai até aliados, imagine o resto!
Depois de exonerar sem aviso prévio e arrasar, com sucesso, a vida de centenas de servidores públicos efetivos que pediram aposentadoria antes da Reforma da Previdência, em 2019, a pretexto de um acordo cruel assinado por baixo dos panos com o Ministério Público, o prefeito Aurélio Goiano e sua criticada equipe nada técnica podem estar tramando mais ataques ao funcionalismo.
Porém, servidores concursados estão prometendo ofensiva contra aquele a quem chamam de “inimigo do chapéu preto”, conforme nota “urgente” que passou a circular nas redes sociais no último final de semana. Considerado por muitos um “desgoverno” ou “governo do desmonte”, a gestão truculenta de Aurélio estaria armando, na surdina, para exonerar servidores empossados por meio dos concursos de 2017 e 2022. A lista de nomes seria extensa.
Mal orientado e mal assessorado, Aurélio Goiano tem ao seu lado para a prática dos atentados aos servidores nomes como Maura Paulino (Educação), Luiz Veloso (Saúde), Glauton Sousa (Finanças e Administração) e Hilder Andrade (Procuradoria-Geral do Município), os quais não têm qualquer referência em gestão pública e, por isso, têm fracassado com louvor à frente das pastas que comandam.
Esse comboio da “equipe técnica”, somado a outros nomes igualmente sem talento na condução do serviço público, está levando Parauapebas à beira do precipício. E tudo isso com a inércia e a conivência da Câmara de Vereadores, cuja base de apoio de Aurélio Goiano tem se desdobrado para justificar improbidades e barbaridades à população.
Câmara omissa
O vereador Anderson Moratório, presidente da Câmara e autodeclarado defensor da educação, não fez uma manifestação pública sequer sobre as demissões de centenas de professores concursados, que foram surpreendidos por portaria de Aurélio Goiano publicada no Diário Oficial do Município na semana passada.
Bastante queimado, o “casca de bala” do prefeito mais impopular de um início de mandato na história da Capital do Minério não criticou a postura mentirosa e covarde de seu aliado-mor, após ambos terem enganado a categoria com promessas de que “não vai mexer com ninguém”. E olha que a tragédia para os educadores ocorre às vésperas do Dia do Professor, que vai entrar para os anais da educação como o mais triste desde a fundação de Parauapebas.
A propósito, vários puxa-saco de Aurélio Goiano, detentores de cargos no governo com “status” de secretário e equivalentes, adjuntos, chefes de departamento e diretores de escolas, perderam o concurso, no que se configura a maior traição a aliados da história local. Porém, muitos desses puxa-sacos, que também não mostraram a que vieram, devem continuar lendo a cartilha do prefeito — por mais que não o perdoem lá no fundo — no cargo comissionado que atualmente ocupam.
Nas redes sociais, houve duas reações distintas. Servidores demitidos receberam um mar de solidariedade por terem sido desligados por e-mail, que muitos só leram depois do fato consumado. Mas aqueles que estão de tocaia, à espera de cargo prometido pelo prefeito, comemoraram a medida, pensando eles que vão “abrir novas vagas” na Prefeitura de Parauapebas, o que é engano porque cargo efetivo só pode ser preenchido por servidor efetivo, aprovado em concurso.
Entre tantas medidas impopulares e discursos vagos com justificativas estapafúrdias de “cumprir a lei”, o governo e a “equipe técnica” de Aurélio Goiano vão se notabilizando por colocar Parauapebas no topo dos absurdos nacionais. A verdade é que o personagem do prefeito faz parte de um capítulo dramático que a Capital do Minério já quer superar urgentemente e com o qual vai aprender para nunca mais cair na mesma cilada eleitoral.





