Enquanto comerciantes e prestadores de serviços locais agonizam diante da quebradeira patrocinada pelo governo do “Doido”, empreiteiras forasteiras comemoram os bons tempos de fartura de milhões, com notas liquidadas e pagas na velocidade da luz por serviços “sebosos” e cheios de imoralidades
A “reconstrução” no governo de Aurélio Goiano e sua “equipe técnica” não para. Na semana passada, duas empresas forasteiras foram as beneficiárias de novas notas fiscais milionárias na gestão que está quebrando os setores comercial e de serviços da Capital do Minério.
Na quarta-feira (8), Aurélio e seu secretário de Fazenda, Glauton Sousa, autorizaram a emissão de notas em favor das construtoras Infracon Engenharia, com sede em Belo Horizonte, e Laca Engenharia, com sede em Belém.
A Infracon ficou de receber R$ 1.141.289,61 do caixa do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap) por serviços que teriam sido realizados entre 1º e 30 de setembro. O pagamento decorre do 19º boletim de medição dos trabalhos de desativação da lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Bairro Rio Verde e da ampliação desta unidade de tratamento. A nota fiscal é atestada pelo engenheiro civil temporário Fábio Felisberto. No governo de Aurélio Goiano, servidores efetivos têm evitado colocar assinatura no que chamam de “patifarias”, temendo serem acordados por homens do Gaeco.
Por sua vez, a Laca embolsou R$ 1.081.065,07 da Secretaria Municipal de Obras (Semob) pelo que diz ter sido obras de drenagem e pavimentação na 4ª etapa do Bairro Cidade Jardim, onde buracos e poeira são mais competentes — e persistentes — que a equipe técnica de Aurélio Goiano. Os serviços teriam sido executados entre 1º e 30 de setembro.
O governo do autointitulado “Doido” aproveitou-se de um contrato de 2022 em andamento e turbinou os pagamentos. Não é demais lembrar que o próprio Aurélio dizia que nada do governo anterior se aproveitava. Será por que mudou de opinião tão rápido?
Liquidou e pagou em 48 horas
Sob a batuta de Aurélio Goiano e seu “técnico” extremamente amador Glauton Sousa, a Infracon já levou dos cofres de Parauapebas R$ 27.097.806,90, sem contar o R$ 1.141.289,61 da nota fiscal recém-emitida. Essa quantia é suficiente para recuperar até o buraco aberto no garimpo de ouro de Serra Pelada, que dirá para desativar uma pequena lagoa para tratamento de esgoto no Bairro Rio Verde. Ao que parece, o século vai acabar, e a forasteira Infracon vai continuar recebendo dinheiro de medição pela desativação da lagoa da ETE.
Já a Laca faturou até o momento R$ 17.107.800,74 com Aurélio e Glauton em pagamentos recebidos sob alegação de pavimentação asfáltica em diversos lugares. Inclusive, a nota fiscal de R$ 1.081.065,07 liquidada na quarta foi paga na última sexta (10), ou seja, em 48 horas, um recorde olímpico praticamente.
O asfalto do governo atual, considerado de baixíssima qualidade, esfarela-se ao primeiro sinal de água e não é oferecido com os atributos técnicos especificados em contrato, conforme flagrou recentemente a vereadora Maquivalda Barros (PDT) em fiscalização de campo.
Resta esperar qual a nova farsa contratual do governo de Aurélio Goiano para terminar de exportar mais milhões de Parauapebas até demolir as finanças da cidade por completo nesse trabalho lesivo que seu grupo perdido insiste — cada vez mais sem graça — de chamar de reconstrução.





