Parauapebas Política

No governo da mentira, secretária de Aurélio Goiano orienta vereadores com fake news

 

Maura Paulino, que responde pela pasta da Educação, só não consegue explicar a “mágica” de ter aumentado a folha da Semed em 9,5% de um ano para outro, enquanto número de alunos caiu 1,5%

A secretária de Educação de Parauapebas, Maura Paulino, que vem sendo frequentemente desmentida por alunos, pais e responsáveis, e até mesmo pelos educadores, dadas as propagandas enganosas sobre merenda, transporte e infraestrutura escolar que divulga, tem repassado fake news até a vereadores da base do governo cada vez mais insustentável de Aurélio Goiano.

Alvo de um volume histórico de requerimentos e pedidos de explicação na Câmara, bem como de denúncias no Ministério Público e no Tribunal de Contas dos Municípios, além de ações judiciais, Maura Paulino tem pedido arrego a vereadores aliados do chefe dela e repassado informações levianas para que usem em defesa dela.

Recentemente, o vereador sargento Nogueira (Avante) caiu na esparrela. Ele, na melhor das intenções, tentou defender Maura Paulino, que teria dito que, na gestão passada, havia menos de 500 assistentes pedagógicos para cuidar de alunos que precisam de algum tipo de acompanhamento especial e que, atualmente, são quase 1.000 profissionais.

Além de mentir, a secretária de Educação não explicou o contexto ao vereador a fim de que ele se preparasse melhor, e fez isso por omissão, má-fé ou mero desconhecimento da realidade da rede da qual se diz secretária.

PSS x apadrinhamento

Em 2024, o ano encerrou com 631 assistentes pedagógicos contratados temporariamente para atender a rede pública de ensino. Esses profissionais ingressaram por meio de um Processo Seletivo Simplificado (PSS) com prova escrita, mas o “comandante” de Maura Paulino, Aurélio Goiano, afrontou até mesmo o Poder Judiciário em dezembro do ano passado, antes mesmo de ser prefeito de fato, para desfazer as contratações decorrentes do seletivo e, assim, enfiar seu cabide de empregos de forma livre, desorganizada e sem critérios.

Este ano, Maura Paulino já contratou, sem qualquer técnica ou seleção prévia, 974 assistentes pedagógicos, muito porque a gestão dela à frente da Secretaria Municipal de Educação (Semed) foi inundada por denúncias no Ministério Público sobre o desmonte total da educação infantil e a negligência na prestação de serviços à educação especial.

As funções temporárias de assistente pedagógico foram rateadas entre vereadores da base de Aurélio Goiano, que indicaram dezenas de pessoas sem preparo para ocupá-las em lugar de profissionais experientes e que enfrentaram uma seleção pública.

Ao contratar assistentes para os alunos, Maura não fez nada além de sua obrigação, muito embora, como advogada que parece nada entender de direito público e direito administrativo, ela seja conivente com as contratações de pessoal feitas ao arrepio da lei protagonizadas pela gestão da qual ela faz parte e promove com propagandas enganosas e recortes fakes.

Explosão de servidores

A gestão da atual secretária de Educação é marcada por quase 500 servidores a mais na folha de setembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Nada há que justifique esse crescimento absurdo na estrutura da Semed, que saltou de 4.695 vínculos ano passado para 5.141 agora, avanço de 9,5%, sendo que o número de alunos matriculados na rede municipal caiu 1,5%, de 48.482 alunos em 2024 para 47.770 em 2025, conforme divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).

Por outro lado, Maura Paulino já consumiu R$ 462,68 milhões em recursos públicos próprios do município e federais, mas sua gestão, para além de maquiagens e fake news, é marcada por uma enxurrada sem precedentes de denúncias de assédio moral nas escolas, por tumulto e troca-troca nas lotações e pelo festival de contratações por dispensa de licitação que estão na mira de órgãos de controle e da justiça.

A secretária já foi denunciada à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF), e o Notícia de Parauapebas vai divulgar em breve o andamento das denúncias feitas por populares e que têm potencial de culminar com uma batida de órgãos federais na Semed em um futuro não muito distante. Para toda plantação, uma colheita.