Secretário Herlon Soares já movimentou mais recursos à frente da pasta do que teria à disposição se fosse prefeito de São Domingos do Araguaia ou Piçarra, municípios pelos quais o forasteiro já passou
A farra com dinheiro público na gestão desgovernada do autointitulado “Doido” beira a loucura. E cheira malversação e improbidade administrativa.
O portal Notícias de Parauapebas fez uma radiografia da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb), uma das pastas da administração municipal comandadas por forasteiro, e a situação é de arrepiar. Para gestores amadores, completamente desconhecedores da realidade de Parauapebas, lidar com muitos milhões de forma rápida e fácil é como acertar na loteria.
É o caso do secretário Herlon Soares, que caiu de paraquedas em Parauapebas, saído de São Domingos do Araguaia, município com 22 mil habitantes e menos populoso que o Bairro Rio Verde, aqui na Capital do Minério.
Herlon tirou a sorte grande, embora o governo que ele defenda tenha pressa de chegar ao fim. Anunciado pelo prefeito como “vereador, secretário de Obras e de Planejamento de São Domingos do Araguaia”, bem como “secretário de Gestão e Planejamento de Piçarra”, Herlon Soares já gastou mais dinheiro como secretário de Urbanismo em Parauapebas do que se fosse prefeito lá em São Domingos ou lá em Piçarra, onde se diz que tenha sido secretário — mas nem lá, tampouco cá, deixou qualquer marca de trabalho relevante.
O Notícias de Parauapebas apurou que a Semurb já consumiu impressionantes R$ 89,235 milhões até o último dia 17 de outubro, incluindo-se nesse cálculo R$ 7,08 milhões em pagamentos feitos por meio do Fundo Especial de Custeio de Iluminação Pública (Fecip), vinculado à pasta de Urbanismo.
A título de comparação, a receita líquida do município de São Domingos do Araguaia — onde Herlon foi vereador e secretário — no mesmo período foi de R$ 83,11 milhões. Já em Piçarra — onde o subordinado de Aurélio Goiano também foi secretário de governo — a arrecadação líquida de janeiro a outubro bate R$ 77,07 milhões.
O cargo de secretário em Parauapebas, com salário líquido de apenas R$ 12.800 por mês, é, com certeza, a melhor “bocada” que o forasteiro Herlon Soares poderia ter na vida, embora ele esteja a serviço de um governo obstinado a “reconstruir” a cidade promovendo sua completa destruição e levando os recursos locais para bem longe, com a ajuda de um “portfólio” que o prefeito Aurélio Goiano insiste em chamar — cada vez menos — de equipe técnica.
