Contrato de locação de ônibus firmado entre Segov e New Locações é recheado de eventos estranhíssimos, como quitação antecipada e 119 mil km em viagens que ninguém sabe para onde foi. Atenta aos “paranauês” de Aurélio, vereadora Maquivalda denunciou esquema ao MP
O Notícias de Parauapebas bem que avisou: a falta de transparência na gestão de Aurélio Goiano iria, mais cedo ou mais tarde, trazer problemas ao governo dele. Agora, o Ministério Público está na cola da equivocada equipe técnica, atrás de informações sobre um contrato milionário de locação de veículos firmado com a New Locações & Serviços. E isso é só o começo das dores.
A 4ª Promotoria de Justiça de Parauapebas deu até o próximo dia 4 de novembro para o governo de Aurélio justificar divergência quanto à numeração do contrato de locação firmado por meio da Secretaria Especial de Governo (Segov), bem como sobre duplicidade de registros, pagamentos vultosos realizados em prazo exíguo e ausência de informações essenciais no Portal da Transparência.
Além disso, o MP questiona a omissão da Segov no fornecimento de informações à Câmara Legislativa, em possível afronta aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
A pasta, não é demais lembrar, é a mesma que Aurélio Goiano prometeu em campanha “enterrar a cem metros de fundura”, mas que, após eleito, enfiou a própria irmã, Natália Oliveira, sem qualquer preparo técnico, para comandá-la e, segundo o prefeito, “fiscalizar”. Observadores políticos acusam Aurélio de, na verdade, ter colocado “uma raposa no galinheiro”.
Denúncia na Câmara
A investida do Ministério Público parte de denúncia realizada à 4ª Promotoria de Justiça pela vereadora Maquivalda Barros (PDT), que desvendou um contrato de locação de veículos entre a Segov e a New por R$ 1.061.204,40 para o período de 12 meses. Todo o contrato, aliás, já foi pago. Notas fiscais atestam viagens que somam 119 mil quilômetros, o suficiente para dar três voltas ao redor do mundo.
O contrato prevê a disponibilização de ônibus rodoviário — do tipo convencional, com banheiro, motorista e combustível inclusos — destinado supostamente ao atendimento de viagens intermunicipais e interestaduais.
Agora, o MP quer saber, entre outras coisas, os motivos da integralidade do pagamento em prazo tão reduzido e as medidas administrativas eventualmente tomadas para assegurar a transparência e a regularidade da execução contratual. O tempo está começando a fechar para a gestão de Aurélio Goiano.





