Política

SÉRIE ‘A MAMADEIRA DO DOIDO’: R$ 2 de cada R$ 3 que Aurélio Goiano pagou foram para empresas forasteiras

Maior exportação de milhões da história do Pará está acontecendo este ano em Parauapebas e se configura no maior golpe econômico, financeiro e administrativo que o município já sofreu

Os pagamentos feitos pelo conturbado governo de Aurélio Goiano — que tem uma equipe dita técnica, mas de competência diariamente questionada — são o ponto de partida para entender parte da gravíssima crise econômica em que o comércio e o setor de serviços mergulharam em Parauapebas.

Desde que assumiram o comando do município, o prefeito e sua trupe têm protagonizado a maior exportação de recursos da história do Pará, fazendo pagamentos a empresas forasteiras por meio, majoritariamente, de dispensas de licitação, caronas e contratos da gestão passada ressuscitados para a missão de “reconstruir” Parauapebas. Esses contratos, aliás, são eivados de indícios de direcionamento e irregularidades.

Dos cerca de R$ 685 milhões pagos até o momento dos cofres públicos, o portal Notícias de Parauapebas identificou R$ 434,13 milhões (63,4% do total) enviados diretamente à conta bancária de CNPJs com sede fora do município. Os valores seriam pela prestação de serviços que, no mais das vezes, empresas locais fariam com até mais eficiência, por conhecer a realidade local.

Empresas que faturaram em Parauapebas (CLIQUE AQUI)

O preço a pagar pela população da Capital do Minério por tamanho descalabro administrativo é alto e afeta a todos. Na prática, implica dizer que, para cada R$ 3 do município que o governo de Aurélio Goiano utilizou em pouco mais de dez meses, R$ 2 ele enviou a empresários que, como o próprio Aurélio, são forasteiros. O município de Parauapebas parece ter sido entregue ao próprio azar.