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SÉRIE ‘A MAMADEIRA DO DOIDO’ Com Aurélio, empresas forasteiras já levaram embora de Parauapebas R$ 434 milhões

 

Apenas a belense Aselc, que gerencia o HGP, já faturou R$ 135 milhões, mais dinheiro que receita de um ano inteiro de 3.500 prefeituras Brasil adentro. Ainda têm as fortunas que foram pagas este ano às empreiteiras Infracon, de BH, e Pavifênix, de Barcarena. Aguenta, Pebinha!

Se as empresas locais tiveram a “sorte” de receber R$ 250,56 milhões do governo de Aurélio Goiano, o que dizer das forasteiras, que abocanharam R$ 434,13 milhões em 11 meses incompletos, no feito escalafobético que se caracteriza como a maior exportação de recursos que a Capital do Minério já viu.

O portal Notícias de Parauapebas traçou o raio-x dos pagamentos aos CNPJs milionários e concluiu que o caminhão de dinheiro levado daqui a estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins e Maranhão, bem como a cidades como Belém e Marabá, daria — e sobraria — para sustentar o município de Redenção, o mais importante do sul do Pará e cuja receita anual é de R$ 429,54 milhões.

Entre as empresas forasteiras alcançadas com toneladas de milhões de reais sob as “bênçãos” do governo de Aurélio Goiano, quem fica em primeiro lugar é a polêmica Organização Social de Saúde (OSS) Aselc, com sede em Belém, a quem a bestial “equipe técnica” do prefeito pagou R$ 138,14 milhões pelo gerenciamento do Hospital Geral de Parauapebas (HGP), quantia mais que suficiente para sustentar 3.500 municípios do país, a exemplo de Água Azul do Norte, que tem arrecadação anual de R$ 135,39 milhões.

A concessionária Equatorial, também com base centralizada em Belém, levou R$ 39,35 milhões pelo fornecimento de energia elétrica aos prédios públicos do município. Até o final do ano, muitos mais milhões devem irrigar as contas da empresa, uma das mais criticadas no Pará pelo serviço — caro — que entrega aos consumidores.

Carradas de milhões

Porém, os pagamentos mais polêmicos — inclusive já denunciados a órgãos de fiscalização e controle — foram feitos às empreiteiras Infracon, com sede em Belo Horizonte, e Pavifênix, com sede em Barcarena. A primeira embolsou R$ 28,92 milhões pela desativação de uma eterna estação de tratamento de esgoto, ao passo que a segunda engoliu R$ 27,54 milhões de uma dispensa de licitação para tapar buracos em um dos serviços mais criticados da história recente de Parauapebas.

A lista de negócios de fora nos quais o prefeito Aurélio Goiano tem investido o dinheiro de Parauapebas não para de crescer, para desespero de prestadores de serviços locais, estes os quais lançados à própria sorte. O cenário atual é de quebradeira para quem é de dentro e festa para quem é de fora, em franca afronta à valorização do município.

Enquanto isso, Parauapebas convive com serviços essenciais e básicos sendo precarizados nas áreas de infraestrutura, saúde e educação, além de ensaios de tentativas de atacar direitos do funcionalismo público, que hoje é quem movimenta o comércio. Aurélio Goiano e sua equipe técnica da “reconstrução” parecem querer fazer com a Capital do Minério o que prometeram à Secretaria Especial de Governo (Segov): enterrar o município “a cem metros de fundura”.