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Aurélio Goiano vai ter R$ 71 milhões em royalties este mês para distribuir a forasteiros

 

Portal Notícias de Parauapebas fez os cálculos e observou que Capital do Minério vai receber mais até que Prefeitura de Canaã, que vai embolsar R$ 70,226 milhões. Marabá (R$ 18,216 milhões) e Curionópolis (R$ 9,188 milhões) vêm na sequência. Dinheiro sumirá em dois tempos

O Natal será muito feliz e reluzente para os forasteiros credores do governo do “Doido”, como se autoproclama Aurélio Goiano, prefeito da atualmente sob escombros Parauapebas. É que, nos próximos dias, serão despejados R$ 71,196 milhões nos cofres da Capital do Minério derivados dos royalties de mineração, majoritariamente gerados pela mineradora multinacional Vale, empresa que tem sido intensamente atacada pelo gestor.

Não é demais lembrar, e todo mundo já sabe, o desfecho desses mais de R$ 71 milhões: vão tomar doril, ninguém sabe, ninguém viu. Na verdade, esse recurso — que Aurélio Goiano e sua “equipe técnica” deveriam usar para preparar o futuro do município — certamente será distribuído a empresas forasteiras, já que a cada dia o prefeito apresenta uma “novidade” em forma de bomba para jogar no colo do cidadão parauapebense.

Na cidade, a quebradeira é geral. O movimento comercial caiu de forma assustadora, e Aurélio Goiano e seu time “iluminado” conseguiram endividar Parauapebas a um nível épico. A diferença entre valores empenhados e pagos nesta reta final de 2025 supera R$ 200 milhões, muito embora a Capital do Minério tenha arrecadado R$ 2,2 bilhões em receita líquida, já feitas as deduções legais.

Ninguém no governo de Goiano arrisca dizer onde esses R$ 2,2 bilhões foram gastos, muito por vergonha do que o chefe fez ou mandou fazer no verão passado, numa lista extensa de falcatruas e improbidades que vai de asfalto fajuto e que se desmancha em pingo d’água a contratações sem freio de centenas de assessores, além de dispensas de licitação hediondas amparadas em decreto leviano de emergência fabricada.

Mais de R$ 500 milhões a forasteiros

Enquanto Aurélio Goiano distribui milhões a empresários forasteiros, Parauapebas agoniza e a pobreza avança. Dados do Cadastro Único revelam ao menos 53 mil parauapebenses inscritos, 19 mil deles em situação de pobreza, simplesmente sem saber se e o quê vão comer no dia de hoje.

Em uma gestão minimamente comprometida com o desenvolvimento local, a derradeira cota da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) representa um alívio para o Natal da população mais carente, por meio de investimentos da prefeitura. Mas não é isso o que pensam Aurélio Goiano e sua desfavorável equipe técnica.

Pelo contrário, dezenas de gastos para lá de suspeitos têm sido feitos pelo grupo e, sem delongas, questionados na justiça. O prefeito tem privilegiado claramente fornecedores de fora, que já embolsaram de Parauapebas mais de meio bilhão de reais este ano, na maior facilidade e cara de pau que o município já viu.

No circo dos horrores armado pelo gestor e seus subordinados, a Cfem — que não tem tido a correta destinação — é só mais um recurso que amanhã passará. E Parauapebas que se vire para continuar sustentado os caprichos de um império que a maioria da população já quer, ansiosamente, ver ruir antes de qualquer próximo badalar de sino.