Prefeito e equipe técnica não investiram um centavo sequer em segurança, saúde ocupacional e bem-estar do servidor, de acordo com Portal da Transparência. Por outro lado, essa mesma trupe já tirou da UTI muitas empresas forasteiras que estavam urrando e em quadro falimentar
Uma pérola — mais uma, entre tantas — recente contra os servidores de Parauapebas é que estes praticamente estão proibidos de adoecer, e caso adoeçam, não contem com atestado emitido pelo serviço de saúde pública. Segundo consta, a ordem “lá de cima” é dificultar ao máximo qualquer atestado a fim de evitar despesas com servidor ausente. Sim: Parauapebas ainda não viu todos os absurdos do governo de Aurélio Goiano.
Servidor que adoece atualmente tem ganhado, no máximo, uma declaração com o horário de atendimento e precisa retornar ao trabalho, sob risco de ter desconto no salário. Ninguém sabe de onde partiu a orientação, mas em se tratando da gestão atual, nada mais assusta o servidor. O Ministério Público deve entrar no caso para apurar.
A situação só não está pior porque o SindSaúde tem atuado firmemente contra as sandices e os devaneios da gestão do autointitulado “Doido”, a qual passou a ser apelidada na cidade como “desgoverno” e cujo alto escalão, a quem o prefeito denominava no início de “equipe técnica”, virou piada e sinônimo de cambalachos e perseguição.
Prioridade é socorrer empresas forasteiras
O governo de Aurélio Goiano não investiu um centavo sequer na saúde do funcionalismo, de acordo com informações que constam do Portal da Transparência. De um total de míseros R$ 160 mil para promover segurança, saúde ocupacional e bem-estar do servidor, nem um real foi aplicado.
Mas parte significativa dos trabalhadores vem adoecendo por pressões, perseguições e, em se tratando de servidores temporários, pela incerteza de ter seu contrato renovado na gestão que tem “um advogado em cada esquina”, ainda assim é marcada por insegurança jurídica e pelo franco desrespeito à legalidade e, principalmente, ao trabalhador do serviço público.
Atualmente, a nova tensão dos servidores é saber se a gestão de Aurélio Goiano e sua precária equipe técnica disseminada nas secretarias vão conseguir honrar com pontualidade o pagamento do funcionalismo no médio prazo, já que a exportação de milhões em recursos públicos a empresários forasteiros causa temor sobre o futuro das remunerações.
Enquanto isso, pagamentos milionários a empresários e empresas forasteiras seguem de vento em popa. A prioridade é socorrer negociatas feitas na calada da noite, por meio de dispensas, inexigibilidades e caronas, o que tem beneficiado milhares de empresários de outras cidades e até outros estados que estavam com a saúde financeira na UTI.
O drama de saber se vai receber ou não o salário em dia é mais uma neurose real com que os 12 mil servidores do Poder Executivo municipal precisam se preocupar e cuidar para não infartarem, sem dinheiro, nem eira e nem beira.





