Roço só se for no quintal do prefeito porque população não viu serviço que deu milhões à Manancial Locações. E é que Aurélio prometeu que empresa do governo anterior não teria vez em seu governo.
Na série de possíveis improbidades cometidas por Aurélio Goiano, outra investigação que segue de vento em popa no Ministério Público, entre as incontáveis que atolam sua gestão, refere-se ao serviço de roço com fornecimento de mão de obra, materiais, insumos e equipamentos para assegurar a continuidade de operação dos chamados polos de desenvolvimento, sob a batuta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden).
Um conchavo entre o governo de Aurélio e a empresa Manancial Locações e Serviços Ltdapermitiu a esta receber R$ 3,61 milhões este ano de um contrato que vem rolando desde 2023 — o que surpreende todo mundo, já que o prefeito atual dizia que, grosso modo, mandaria ao espaço sideral os prestadores de serviços que faziam parte do governo anterior.
O rolo foi descoberto pela vereadora Maquivalda, que denunciou ao MP “possíveis atos de improbidade administrativa, gestão temerária de recursos públicos e lesão ao erário”. Segundo a parlamentar, há indícios de que os mais de R$ 3 milhões em pagamentos — referentes a exercício anteriores — foram feitos ao arrepio da lei, “sem comprovação da efetiva execução dos serviços no exercício anterior, com indícios de superfaturamento, medições fictícias e possíveis pagamentos indevidos”.
Na última quarta-feira (13), o promotor Alan Pierre Chaves Rocha enviou ofício à Prefeitura de Parauapebas pedindo esclarecimentos acerca dos pagamentos, reforçando documento despachado em 22 de julho, mas a Seden está visivelmente com dificuldades de se explicar. É que talvez seja mesmo inexplicável.





