Esse é valor que foi pago entre janeiro e julho de forma intrigante. Mas contratos diversos a pretexto de limpeza pública urbana somam quase R$ 93 milhões, segundo cálculos da vereadora Maquivalda
Sua rua está limpa? Se não estiver, pergunte ao prefeito Aurélio Goiano o que ele fez com R$ 43 milhões dos impostos pagos pelo contribuinte de Parauapebas,
Essa montanha de dinheiro foi paga pelo prefeito entre janeiro e julho a empresas diversas sob o argumento de promover a limpeza da cidade. Essa foi a conclusão a que a vereadora Maquivalda Barros (PDT) chegou após levantamento minucioso realizado por seu gabinete.
E pior: a quantidade de recursos desembolsados não se reflete em qualidade, uma vez que, segundo a parlamentar, a área urbana de Parauapebas continua tomada pelo lixo, com canteiros e praças em situação de abandono.
A título de comparação, os R$ 43 milhões torrados com limpeza urbana que a população não vê seriam suficientes para manter por dois anos consecutivos a Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), cujo orçamento autorizado para este ano é de R$ 20,91 milhões.
Porém, enquanto o governo de Aurélio Goiano faz o “limpa” na cidade, empresários locais agonizam e veem o dinheiro do município ser canalizado para empresas forasteiras.

Contratos somam quase R$ 93 milhões
Apesar dos R$ 43 milhões já pagos, nem de longe o governo de Aurélio Goiano gastou tudo o que deseja com limpeza urbana. Isso porque há contratos em andamento que, mais cedo ou mais tarde, vão se tornar dinheiro em conta de empresas bem-aventuradas.
O Consórcio Ressol, cujo contrato foi assinado em maio, é um dos sortudos, com conchavo de R$ 34,8 milhões firmado com a Prefeitura de Parauapebas para coleta, manejo de resíduos e limpeza de ruas.
Na sequência, de acordo com a vereadora Maquivalda, vêm:
- R$ 27,7 milhões em contrato com a Transcidade para manejo de resíduos e limpeza pública, incluindo lixo patológico
- R$ 16,2 milhões com a Ambiental Novo Ciclo para roçagem e manutenção de canais
- R$ 11,9 milhões com a Urban Serviços para gestão do aterro sanitário
- R$ 1,7 milhão com a M&N Empreendimentos para transporte e armazenamento de resíduos
- R$ 465 mil com a Cindertech para destinação de resíduos de saúde
Com todo esse volume de contratos, seria possível limpar por um ano e meio todas as vias públicas de Parauapebas, deixando-as tão esplêndidas quanto as ruas de Paris, uma vez que o orçamento deste ano autoriza R$ 59,13 milhões para dar manutenção e ampliar o sistema de limpeza pública, na cidade e nas vilas da zona rural.
Entretanto, no governo de Aurélio Goiano, em que transparência não é o forte, a sujeira parece ser muito mais aparente.





