Parauapebas Política

Sociedade e Vale devem ficar espertas com ‘protocolo de R$ 100 milhões’ no Governo Aurélio

 

A tal “reconstrução” anunciada pelo prefeito Aurélio Goiano é, na verdade, a destruição econômica de Parauapebas. Ele já devorou mais de R$ 400 milhões em royalties da Vale, mas ninguém sabe onde.

A mineradora multinacional Vale precisa tomar cuidado em colocar R$ 100 milhões para Aurélio Goiano administrar em Parauapebas. E a sociedade local precisa vigiar os rumos desses recursos — se é que um dia eles vão aparecer — previstos em um suposto protocolo de cooperação assinado na tarde da última sexta-feira (12) entre a empresa e a prefeitura.

Ávido por dinheiro, Aurélio Goiano conseguiu devorar R$ 1,5 bilhão em oito meses a pretexto de “reconstruir Parauapebas”, o que literalmente tem custado muito caro à população local. A cidade, antes financeiramente ativa e referência em desenvolvimento econômico, hoje amarga quebradeira nos setores de comércio e serviços patrocinada por uma espécie de “evasão de divisas” organizada pela equipe “técnica” do prefeito, tão perdida quanto ele.

Desde que assumiu a cobiçada Prefeitura de Parauapebas, Aurélio Goiano e seus capachos organizaram dezenas de contratos por dispensas de licitação a fim de privilegiar empresários forasteiros, canalizando milhões em recursos públicos para fora do município e prejudicando prestadores de serviços locais.

Hoje, Parauapebas está tomada por placas de “Vende-se” e “Aluga-se”, inclusive em áreas comerciais centrais e nobres da cidade, fruto de um visível plano de desconstrução que tem deixado um rastro de destruição econômica inédito. Como consequência, ex-apoiadores do prefeito sustentam que Aurélio Goiano é “prefeito de um mandato só” e têm repulsa a sua gestão, altamente amadora e inexperiente, ainda assim muito ágil em torrar dinheiro público sem qualquer transparência.

Nas ruas, a sociedade vê com desconfiança uma possível transferência de R$ 100 milhões da Vale à conta da prefeitura. A certeza é de que, caso a Vale faça, ela mesma, as obras, rapidamente equipamentos públicos serão entregues à população. Todavia, se os recursos caírem na garra voraz de Aurélio Goiano, projetos importantes nunca poderão sair do papel, e os moradores serão enrolados com sucessivas mentiras.

Aurélio devorou royalties da Vale

Indícios de má gestão do dinheiro público no governo de Aurélio Goiano não faltam. A Vale, sozinha, já colocou este ano nas contas da Prefeitura de Parauapebas, por meio da repartição de receitas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), mais de R$ 400 milhões em royalties.

A maior parte desses recursos Aurélio Goiano utilizou para pagar contratos que o governo dele firmou com empresas forasteiras que prestam serviços precários à população da Capital do Minério, a exemplo do polêmico tapa-buraco e da intransparente e eivada de irregularidades reforma das escolas municipais.

Com o “selo de autenticidade” Aurélio Goiano, esses mais de R$ 400 milhões em royalties sumiram, e ele passou a se vitimizar, declarando ter pago dívidas do governo anterior para tentar tirar o foco do caos protagonizado pela sua administração, a qual, aliás, coleciona um recorde de quase 50 decisões judiciais desfavoráveis no curto período de nove meses incompletos de mandato.

Por tudo isso, a Vale e a sociedade precisam ficar atentas com qualquer eventual aporte financeiro que seja feito pela mineradora às contas administradas pelo governo de Aurélio Goiano, que já demonstrou entender com maestria do protocolo de destruição de uma cidade em pouco tempo.

A multinacional, que já foi alvo de ataques mentirosos do prefeito, tem de redobrar os cuidados e a atenção ao fazer qualquer tipo de “cooperação” com esse que se tornou um dos gestores mais impopulares — senão o mais — do Pará. O prefeito Aurélio Goiano é do tipo que bota tudo — seja protocolo sério, seja principalmente R$ 100 milhões — a perder.