Parauapebas Política

Vereadora Maquivalda denúncia esquema de R$ 3,7 milhões de informática da Segov

 

Aurélio Goiano e sua irmã Natália Oliveira fecharam contrato megamilionário de compra de peças de informática com mais uma empresa forasteira, com sede em Teresina (PI). Prefeito colocou raposa para fiscalizar galinheiro, e governo dele virou casa da mãe joana, com fartas denúncias de corrupção

A Secretaria Especial de Governo (Segov), que o prefeito Aurélio Goiano prometeu enterrar “a cem metros de fundura”, segue sua fiel missão de fazer cambalachos na atual gestão. Que o diga a irmã de Aurélio, Natália Oliveira, que, mesmo sem qualquer experiência técnica, administrativa e de gestão, foi colocada na Segov para “fiscalizar as secretarias” e, no fundo, operar os esquemas do prefeito.

O mais novo trambique está a cargo de um processo administrativo derivado de duas adesões a atas de registro de preços feitas ainda na gestão do ex-prefeito Darci Lermen para aquisição de equipamentos de informática.

A suspeitíssima “equipe técnica” de Aurélio Goiano requentou o processo, na modalidade carona, no valor de R$ 3.716.300,00 e jogou no colo de mais uma forasteira, a empresa Natal Computer Ltda, cuja sede é em Teresina (PI). A forasteira ganhou um contrato com vigência entre 5 de setembro deste ano e 5 de setembro do ano que vem.

O problema é que até hoje Natália Oliveira, a “fiscal” do povo do prefeito, não deu a devida transparência à contratação, muito menos aos R$ 3.286.298,00 que a Segov já empenhou para comprar peças de informática para abastecer a diversas pastas do Poder Executivo municipal. E tudo será pago com recursos dos royalties de mineração, que têm sido devastados sem dó e piedade no governo de Aurélio Goiano.

Filme de horror

No entendimento da vereadora Maquivalda Barros (PDT), que protocolou para a sessão da Câmara desta terça-feira (7) o Requerimento nº 227/2025 com vistas a cobrar explicações, detalhes e transparência acerca do processo de contratação da Natal Computer, há indícios de que o contrato possa estar em execução sem que estejam sendo publicados, de forma completa, todos os atos administrativos.

“Esta parlamentar, no exercício da função fiscalizatória, solicita maior transparência do Poder Público quanto aos atos administrativos e, para tanto, requer a disponibilização e publicação integral dos documentos pertinentes, abrangendo desde a fase inicial do processo licitatório até eventual execução contratual”, exige Maquivalda.

A Segov, como é de praxe no governo Aurélio Goiano, deve ignorar o pedido e, no entanto, pode acabar acionada judicialmente. A gestão do ex-fiscal do povo é marcada por um volume recorde no Pará de denúncias e escândalos envolvendo indícios de malversação de recursos públicos e contratações suspeitas.

Além disso, a população critica o prefeito e sua equipe técnica por “lavar” e levar dinheiro para fora de Parauapebas, distribuindo dispensas de licitação e contratos milionários a forasteiros, o que tem levado o comércio local e o setor de serviços a uma quebradeira que parece não ter fim. Muitos ex-apoiadores de Aurélio Goiano chamam o governo dele de “filme de horror” e não veem a hora de acabar. Para variar, outubro é o mês das bruxas.