Parauapebas

Farra das dispensas rola solta em secretaria comandada por mulher de Aurélio Goiano

 

Sob comando de Beatriz Barbosa, Semmu comprou por dispensa de licitação secador de cabelo por R$ 1.460, máquina de cortar cabelo por R$ 260, chapinha por R$ 141, tesoura por R$ 72, entre outros breguetes. Total da compra para ação na sem prestígio Casa de Mainha foi mais de R$ 55 mil.

O prefeito Aurélio Goiano mostrou e demonstrou ao longo deste ano que sua “equipe técnica” e seu “modus operandi” de gestão de recursos públicos são um verdadeiro fracasso. E a população de Parauapebas assimilou rapidamente o recado, inclusive de forma precoce, nos primeiros meses do trágico mandato que quase não conseguiu encerrar 2025.

A família do autointitulado “Doido” também contribuiu ativamente para “queimar” a imagem dele perante a sociedade. Pai (vereador circense e sem pauta), irmã (secretária de pasta que seria enterrada “a cem metros de fundura”) e mulher (secretária de pasta das fuzarcas caríssimas), de tão antipatizados, deram uma pitada de polêmica e improbidade ao cambaleante governo de Aurélio Goiano, conduzindo-o à beira do penhasco político.

Nesta reta final de 2025, quem voltou aos holofotes foi a “excelentíssima” Beatriz Barbosa, esposa de Aurélio e titular da Secretaria Municipal da Mulher (Semmu), pasta que naufragou entre festas polêmicas e farra com o dinheiro público.

A mais recente peripécia de Beatriz foi uma — entre várias — dispensa de licitação no valor de R$ 55.071,18 para uma tal “formação profissional em beleza capilar na Casa de Mainha”, órgão que está decadente após a mulher de Aurélio Goiano renomear o espaço e dar toque pessoal como se fosse extensão de sua casa.

Musa do “reality das dispensas”

Entre os itens adquiridos na curiosa dispensa de licitação estão 15 secadores de cabelo, cada um ao custo de R$ 1.460; 15 máquinas de cortar cabelo, cada uma por R$ 260; 15 chapinhas alisadoras, cada uma por R$ 141; dez tesouras, cada uma por R$ 72. O montante desembolsado pela Semmu seria suficiente para comprar, pelo menos, 82 cestas básicas, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mas a secretaria dada de presente à Beatriz se perdeu no tempo e no espaço. No fundo, a proposta velada seria potencializar uma eventual candidatura dela a deputada, mas a rejeição estelar a Aurélio Goiano e à própria Beatriz está tornando cada vez mais insustentável o projeto.

Ao longo de 2025, a secretaria comandada por Beatriz deu sumiço em R$ 13,21 milhões, inclusive recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Mulher, conforme dados do Portal da Transparência. Ainda assim, a dívida na praça neste Natal chega a R$ 1,799 milhão.

O “reality” daquela ex-defensora dos pobres e desvalidos — que um dia esbravejou se enfiar em hospital municipal para acelerar o atendimento “às mãezinhas” — hoje é acelerar o passo para ver de que forma se torra mais dinheiro público, e sem licitação, ao arrepio da lei. As mentiras são a marca do clã de Aurélio Goiano.